Desafios contemporâneos na identidade da igreja

É vital discernir entre adaptação cultural e comprometimento com princípios bíblicos
Publicado em 01/12/2023

¹² Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo. ¹³ Pois em um só corpo todos nós fomos batizados em um único Espírito: quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um único Espírito. ¹⁴ O corpo não é composto de um só membro, mas de muitos. ¹⁵ Se o pé disser: "Porque não sou mão, não pertenço ao corpo", nem por isso deixa de fazer parte do corpo.¹⁶ E se o ouvido disser: "Porque não sou olho, não pertenço ao corpo", nem por isso deixa de fazer parte do corpo. ¹⁷ Se todo o corpo fosse olho, onde estaria a audição? Se todo o corpo fosse ouvido, onde estaria o olfato? ¹⁸ De fato, Deus dispôs cada um dos membros no corpo, segundo a sua vontade. ¹⁹ Se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? ²⁰ Assim, há muitos membros, mas um só corpo. ²¹ O olho não pode dizer à mão: "Não preciso de você! " Nem a cabeça pode dizer aos pés: "Não preciso de vocês! "²² Pelo contrário, os membros do corpo que parecem mais fracos são indispensáveis, ²³ e os membros que pensamos serem menos honrosos, tratamos com especial honra. E os membros que em nós são indecorosos são tratados com decoro especial, ²⁴ enquanto os que em nós são decorosos não precisam ser tratados de maneira especial. Mas Deus estruturou o corpo dando maior honra aos membros que dela tinham falta, ²⁵ a fim de que não haja divisão no corpo, mas, sim, que todos os membros tenham igual cuidado uns pelos outros. ²⁶ Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele. ²⁷ Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo.” 

(1 Coríntios 12:12-27)

 

“O papa Francisco avançou um pouco mais em seu discurso revolucionário no Vaticano, afirmando que “a Igreja é mulher” e padres e bispos precisam trata-la de forma mística, agindo para “desmasculinizar” a Igreja.  Francisco, que substitui Bento XVI – que antes do pontificado foi um dos teólogos católicos do século passado que mais deu ênfase cristocêntrica à sua obra literária – assumiu o posto em 2013 propondo combater os abusos de padres contra crianças e a corrupção interna do Vaticano. Dez anos depois, a leitura que se faz é a de uma atuação ativista em tom progressista. Durante uma audiência da Comissão Teológica Internacional, o papa afirmou que “a Igreja é mulher”, em clara sinalização ao feminismo, dias depois de acenos efusivos à militância LGBT+, com declarações simpáticas à ideia de abençoar uniões homossexuais e autorizar o batismo de pessoas trans”  (Reportagem: "‘A Igreja é mulher. Desmasculinizem ela’: papa sobe o tom no discurso progressista",  do gospelmais.com de 01/12/2023)

Fonte:https://noticias.gospelmais.com.br/a-igreja-e-mulher-desmasculinizem-papa-francisco-165981.html 

 

A afirmação do Papa Francisco, propondo "desmasculinizar" a Igreja, evidencia a complexidade das questões contemporâneas enfrentadas pela instituição. Embora sua intenção seja promover a inclusividade, a proposta também gera questionamentos teológicos e críticas.

A Bíblia nos lembra que a Igreja é o corpo de Cristo, com diversidade de funções e dons (1 Coríntios 12:12-27). No entanto, é vital discernir entre adaptação cultural e comprometimento com princípios bíblicos fundamentais.

Enquanto o papel das mulheres na Igreja é inegavelmente crucial, a analogia de "desmasculinizar" exige cuidado teológico para não comprometer a revelação bíblica sobre a liderança e as responsabilidades dos homens na família e na igreja.

O cristão contemporâneo enfrenta o desafio de manter uma postura firme nas verdades bíblicas, enquanto busca ser sensível às necessidades e lutas sociais. A busca por equilíbrio entre tradição e relevância cultural é um chamado à reflexão e oração, guiados pela Palavra de Deus, em vez de meramente se render a pressões externas. O desafio reside em sermos fiéis à Escritura, mantendo uma postura amorosa e inclusiva diante das realidades do mundo em constante transformação.

 

Pense: 

  • Você consegue discernir entre a adaptação cultural necessária e a preservação dos princípios bíblicos fundamentais em relação às mudanças propostas na identidade da Igreja?
  • Como cristão, como você equilibra a fidelidade às verdades bíblicas com a sensibilidade às necessidades sociais, mantendo uma postura crítica, mas,  amorosa diante das transformações do mundo contemporâneo?

 

 Vamos orar:

  • Senhor, guie-nos na busca por equilíbrio entre fidelidade à Tua Palavra e sensibilidade às necessidades do mundo. Dá-nos discernimento para enfrentar desafios contemporâneos na identidade da Igreja. Em nome de Jesus, oramos por sabedoria e amor. Amém.







Sobre o autor: Carlos Araujo é graduado em História e Filosofia, possuindo pós-graduação em: História, Sociedade e Cultura - PUC/SP; Ensino de Filosofia - UFSCar; Teologia com ênfase em Ciências da Religião - Unyleya; Filosofia da Religião Universidade Metodista/SP; está cursando pós-graduação em História da Teologia e da Igreja - Faculdade Teológica Batista de São Paulo. Cursou coaching profissional pelo Instituto Menthes (Augusto Cury). Também cursou: Ciência & fé Cristã (ABC2), Origens da vida no contexto cósmico (USP), Arqueologia & Bíblia (Faculdade Batista Teológica), sendo esses cursos livres. É associado à Associação Brasileira de Cristãos na Ciência (ABC2), da qual foi líder do grupo Ciência e Fé da instituição em Guarulhos; oficial evangelista da INSJC, líder de educação da Regional 3. Casado com Silvana, pai de Sofia e Alice.

 

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